sábado, 11 de fevereiro de 2012

História e domesticação

Os Felídeos ou felinos, são os mais especializados, mais numerosos e mais importantes dos carnívoros. A família dos Felídeos, espalhada sobre quase toda a área de distribuição da ordem dos carnívoros, compreende 3 gêneros: Acinonyx (Cheeta), Felis (Puma, Jaguatirica, Gatos domésticos e todos de pequeno ou médio porte) e Leo (Leão, Tigre, Pantera, Onça), com 37 espécies no conjunto.

No Antigo Egito os gatos eram adorados devido a sua associação com a Deusa da Lua, Pasht, de cujo nome acredita-se ser derivada a palavra "puss", que significa "bichano" em inglês. A Deusa Bast, que representa o sol, também foi identificada com gatos, e é retratada com a cabeça de um gato. Quando os gatos morriam, eram mumificados e seus donos mostravam seus sentimentos raspando as sobrancelhas em sinal de luto.

Hoje, os gatos da raça Abissínio, são semelhantes ao gatos do Antigo Egito. Estátuas, desenhos e pinturas em tumbas, revelam que os gatos nessa época, eram de pelo curto, corpo esguio e pernas longas. Muitos consideram que este foi o ancestral da maioria das raças de gatos domésticos conhecidas atualmente.

Era proibida a saída dos gatos do Egito, mas o povo Fenício parece ter os levado em suas embarcações comerciais, para a Europa, por volta do ano 900 a.C., chegando à Itália antes da Era Cristã.

Os romanos, quando invadiram e dominaram o Egito, adotaram o culto a Deusa Bast e seus gatos foram também perpetuados em estátuas, murais e mosaicos. Tinham grande apreciação pelos gatos, e os retratavam como símbolo de liberdade.

Com as invasões Romanas, os gatos foram seguindo seus exércitos e se introduzindo em toda a Europa. Dessa forma os gatos chegaram à Inglaterra, portanto, o gato inglês tem como base o gato egípcio, mas gatos ingleses selvagens também foram domesticados.

O Príncipe de Gales, promulgou no século X, leis protegendo os gatos, estabelecendo valores de venda e garantias de compra. Além disso, a pena para quem matasse um gato era paga com trigo: o ga to morto era segurado pela ponta da cauda e sobre ele era jogado o trigo, até encobrir a ponta da cauda. Os gatos, durante muito tempo, foram bem aceitos pelo homem como animais domésticos, por sua beleza e grande habilidade em caçar ratos. Exatamente por sua habilidade como caçador de ratos, no século XI auxiliavam no combate a estes vetores, transmissores da Peste Bulbônica.

Na Idade Média, os gatos enfrentariam seus piores tempos. Surgiu um culto a uma deusa pagã - Freya - envolvendo gatos. Esse culto foi considerado heresia e membros desta seita eram punidos severamente com torturas e morte. Como os gatos faziam parte do culto, foram acusados de serem demoníacos, principalmente os de cor preta. Isso custou a vida de milhares de gatos, que foram cruelmente perseguidos, capturados e jogados à fogueira, havendo a maior destruição de gatos de toda a história.

Uma pessoa que fosse vista ajudando um gato, principalmente gatos pretos, estava sujeita a ser denunciada como bruxa e a sofrer tortura e morte.

As pessoas acusadas de bruxaria e seus gatos, eram logo responsabilizadas por qualquer catástrofe que acontecesse. Esta onda de perseguição criou diversas superstições que persistem até hoje, como: cruzar com gato preto causa azar. Felizmente este preconceito diminuiu e no século XIX o gato já era bem-visto.

O índio norte-americano, não parece ter domesticado os felinos selvagens presentes no continente, como o lince, puma e ocelote. A domesticação de felinos só ocorreu quando os imigrantes europeus trouxeram gatos da Europa, para que ajudassem a combater os ratos e camundongos, tanto no campo quanto na cidade.

Hoje, os gatos são muito populares como um ótimo animal de companhia. Continuam também sendo utilizados como um meio barato de se controlar a população de ratos.

Retirado do site: http://www.osgatos.com.br/historia.html

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