"Tenho 20 anos de convívio com felinos – marca só superada pelo fato de eu ter conseguido sobreviver quase sem arranhões a uma estada de três anos em uma casa com 34 gatos. Depois de perder três sofás, oito cortinas, um tapete e várias contas de celular e cartão de crédito, descobri alguns segredos para ter gatos, roupas pretas e uma sala bonita. Tudo ao mesmo tempo, claro. O primeiro sofá que tive era de brim, material que enchia de pêlos só de os gatos respirarem nas imediações. Em poucos dias, eles desfiaram o tecido e transformaram o encosto numa instalação modernista, com fios pendurados e espumas sobressalentes. Chamei um restaurador. Assim que abri a porta, o homem olhou do sofá para mim, de mim para os gatos, balançou a cabeça negativamente e foi embora sem falar uma palavra. Então, saí em busca de um sofá de couro, na certeza de que o material seria resistente a unhadas. Doce ilusão. A bicharada reduziu uma das almofadas a uma pasta de couro quebradiço. Resolvi não me entregar sem luta. Afinal, não é porque peguei quatro delinqüentes das ruas que sou obrigada a assistir TV em pé. Adquiri um sofá de vime – a segunda coisa mais estúpida que um dono de gatos pode comprar, perdendo somente para o granulado higiênico de sílica “que não deixa nenhum odor!” e custa R$ 40 um pacote com 1,8kg. Para dificultar os ataques da gangue de bigodes longos, entupi de resina os furinhos da palha. Ficou lisinho e definitivamente à prova de gatos – ao menos até que eles descobrissem como entrar por BAIXO do sofá e o destruíssem de dentro para fora. Um dia, fui sentar e senti que o assento não estava mais macio e acolhedor. Foi quando descobri que estava sentada no chão, tendo entre mim e o piso uma fina camada do que outrora foi uma almofada cheia de espuma. Com isso, a guerra ficou declarada e passei a me concentrar em estratégias militares. Estudei a curvatura das unhas, a textura dos pêlos, testei diversos materiais e formatos. Quase revesti o sofá com uma lâmina de kriptonita, mas desisti quando soube que o frete é os olhos da cara. Quando já estava desistindo, descobri numa loja de velharias um grande banco de madeira de demolição: era lindo, resistente e custava uma mixaria. Chamei um tapeceiro e apontei com orgulho para uma amostra de chenille creme, ultra chique. O estofado ficou pronto um mês depois e é preso ao banco por tiras de tecido. Sentei para estreá-lo. Perfeito. O Grafite deu aquela espreguiçada e saiu da toca para inspecionar o inimigo, mas não conseguiu encostar um fio no sofá: eu tinha mandado fazer uma capa impermeável de couro com elástico. Agora, quando saio de casa, abaixo as almofadas do encosto e fecho a capa. Os gatos bem que tentaram, mas não conseguiram fazer mais que alguns furinhos na capa. O chenille creme saiu de moda, mas o sofá continua tão novo quanto no dia em que chegou. Os gatos me olham com despeito.

Créditos: http://www.ecoblogs.com.br/animais/sofa-anti-gatos/
Achei também um comentário super interessante sobre tecidos para sofás.
Elaine Jorge disse:
Queridos Amigos dos felinos, hj venho aqui p dar uma dica que resolveu definitivamente o problemas de ter gatos e conservar a casa em ordem, passei por todos esses problemas, então um dia indo p o bairro Santo Amaro, em uma loja chamada Reis dos Tapeceiros, entrei e perguntei se existia um tecido anti-gato.Fiquei desconfiada qdo o vendedor me disse…temos sim….eu estalei os olhos, e disse: VERDADE !!!!…ele respondeu sim.Então foi me mostrar o tecido, achei fininho, e pensei ….imagina….então ele me mostrou….pegou uma tesoura abriu e passou no tecido com força, eu levei o maior susto, então ainda desconfiada comprei o tecido e forrei as cadeiras da mesa de jantar, e pasmem tem 3 meses e nada aconteceu, nem um fio puxado. O tecido se chama Bouclê sued, ele é importado e um pouco mais caro que os outros, mas nada de morrer. Pessoal tentem, eu não me arrependi. Sorte à todos os Amigos dos felinos !!!